Quem ainda não ouviu falar sobre as gerações que surgiram, ao longo da história, os chamados Baby Boomers, gerações X, Y e a mais recente, Z? São grupos de pessoas com especificidades distintas que estão tentando aprender a conviver com as gigantescas diferenças que existem entre uma geração e outra.
Estas gerações se distinguem em todos os aspectos, desde personalidades, crenças e atitudes. São costumes, valores e atitudes que influenciam, e muito, nas relações sociais e principalmente no mercado de trabalho, já que há profissionais de diferentes faixas etárias convivendo juntos no mesmo ambiente de trabalho. Estas mesmas gerações precisam aprender a se comunicar e a trabalhar juntas.
Nasce as gerações
Na década de 40, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, nasceram os chamados Baby Boomers. O nome surgiu porque nos Estados Unidos, com a volta dos soldados para casa, muitas mulheres engravidaram e houve um "boom" de bebês.
No Brasil, os Baby Boomers são os jovens que nasceram quando começou a ditadura. Essa é a geração que lutou contra os militares, a geração da Jovem Guarda, da Bossa Nova, do Tropicalismo, do rock'n'roll, dos movimentos Hippies e dos movimentos pela paz. Os Baby Boomers possuem renda mais consolidada, tem um padrão de vida mais estável, não se influencia facilmente por outras pessoas e é firme e maduro nas decisões.
A chamada geração X nasceu na segunda metade da década de 60, passa pela década de 70 e início dos anos 80. Esta geração viveu a época da censura militar, assistiram às Diretas Já, conheceu a AIDS, pintou a cara para derrubar o presidente. Viu o avanço da tecnologia, pagou com cruzeiro, cruzado e cruzado novo. São pessoas mais seguras e fiéis ao emprego que possuem.
A geração Y são os nascidos a partir da década de 80. Surgiram num país que já era uma democracia e tinha uma economia aberta. Acompanharam o surgimento do Plano Real, viram o crescimento da tecnologia e o avanço desenfreado da internet. Por isso, esta geração é ligada à alta tecnologia.
A velocidade e o excesso de informação, aos quais estão acostumados, fazem com que esta geração seja ansiosa, impaciente curiosa, empreendedora e tenha uma proximidade muito maior com a linguagem da internet. Não conseguem ficar muito tempo no mesmo emprego, preocupados com si próprios e interessados em construir um mundo melhor, engajam-se em causas sociais e ambientais com facilidade.
A mais nova geração é a Z, nascida a partir da década de 90, ainda não foi pra faculdade e muito menos para o mercado de trabalho. Eles ainda estão tomando seu espaço no mundo das gerações, mas de longe já se pode ver a diferença desta geração para as demais: o uso que fazem da internet e da tecnologia.
A geração Z vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retornam novamente à internet. São garotos e garotas que nunca imaginaram o mundo sem computador, redes sociais, celular, iPod, Tablet. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo veloz que a tecnologia produziu.
Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet. Como informação não lhes falta, está um passo à frente dos mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos.
O conflito entre as gerações
A maior parte das empresas hoje possui empregados das três gerações e por isso quase sempre terão conflitos. Este é o grande desafio para as organizações, a empresa do futuro será aquela que conseguir integrar todas essas gerações de forma produtiva, aproveitando as habilidades específicas de cada uma.
Os conflitos começam porque os chefes, que são em sua maioria da geração X e Baby Boomers, esperam uma atitude de certa reverência dos subordinados, a geração Y. Mas, para os Y, o respeito está ligado ao talento e habilidades dos profissionais com quem trabalham. Uma pesquisa feita pela Companhia de Talentos, consultoria de São Paulo especializada em programas de trainees, mostrou que 29% dos jovens esperam que seu gestor seja um profissional em que as pessoas se espelhem.
Enquanto os profissionais da geração X colocam a carreira em primeiro plano, a prioridade da geração Y no início de carreira, é equilibrar a vida pessoal e a profissional. Para a geração X o trabalho é fonte de realização e status, já a geração Y associa a carreira com a afirmação da maturidade perante a sociedade. E a geração mais recente, a Z, acredita que o trabalho é um mal necessário.
O futuro
Apesar da geração X ter assistido a revolução tecnológica, eles não estão totalmente inseridos na mesma e ainda correm atrás deste atraso. Apesar de todos estes conflitos, uma coisa é bem clara: as empresas precisam desses jovens da geração Y e Z. Ao mesmo tempo em que eles têm características mais individualistas, eles são inovadores, rápidos e atualizam a gestão com o que está acontecendo no mundo Online.
Para haver entendimento, as gerações mais velhas devem compreender as gerações mais jovens para ajudá-las a chegar à maturidade e esta nova geração precisa aprender a trabalhar com pessoas que podem não ter seus novos conhecimentos e talentos, mas têm muito mais experiência.
Texto: Stéfany Pessoa
Fotos: Divulgação/Google
2 comentários:
Muuuito bom o texto! Parabéns!!!
Obrigada!!
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