segunda-feira, 17 de outubro de 2011

X, Y, Z e Baby Boomers - Gerações que se complementam

Quem ainda não ouviu falar sobre as gerações que surgiram, ao longo da história, os chamados Baby Boomers, gerações X, Y e a mais recente, Z? São grupos de pessoas com especificidades distintas que estão tentando aprender a conviver com as gigantescas diferenças que existem entre uma geração e outra.

Estas gerações se distinguem em todos os aspectos, desde personalidades, crenças e atitudes. São costumes, valores e atitudes que influenciam, e muito, nas relações sociais e principalmente no mercado de trabalho, já que há profissionais de diferentes faixas etárias convivendo juntos no mesmo ambiente de trabalho. Estas mesmas gerações precisam aprender a se comunicar e a trabalhar juntas.

Nasce as gerações

Na década de 40, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, nasceram os chamados Baby Boomers. O nome surgiu porque nos Estados Unidos, com a volta dos soldados para casa, muitas mulheres engravidaram e houve um "boom" de bebês.

No Brasil, os Baby Boomers são os jovens que nasceram quando começou a ditadura. Essa é a geração que lutou contra os militares, a geração da Jovem Guarda, da Bossa Nova, do Tropicalismo, do rock'n'roll, dos movimentos Hippies e dos movimentos pela paz. Os Baby Boomers possuem renda mais consolidada, tem um padrão de vida mais estável, não se influencia facilmente por outras pessoas e é firme e maduro nas decisões.

A chamada geração X nasceu na segunda metade da década de 60, passa pela década de 70 e início dos anos 80. Esta geração viveu a época da censura militar, assistiram às Diretas Já, conheceu a AIDS, pintou a cara para derrubar o presidente. Viu o avanço da tecnologia, pagou com cruzeiro, cruzado e cruzado novo. São pessoas mais seguras e fiéis ao emprego que possuem.

A geração Y são os nascidos a partir da década de 80. Surgiram num país que já era uma democracia e tinha uma economia aberta. Acompanharam o surgimento do Plano Real,  viram o crescimento da tecnologia e o avanço desenfreado da internet. Por isso, esta geração é ligada à alta tecnologia.

A velocidade e o excesso de informação, aos quais estão acostumados, fazem com que esta geração seja ansiosa, impaciente curiosa, empreendedora e tenha uma proximidade muito maior com a linguagem da internet. Não conseguem ficar muito tempo no mesmo emprego, preocupados com si próprios e interessados em construir um mundo melhor, engajam-se em causas sociais e ambientais com facilidade.


A mais nova geração é a Z, nascida a partir da década de 90, ainda não foi pra faculdade e muito menos para o mercado de trabalho. Eles ainda estão tomando seu espaço no mundo das gerações, mas de longe já se pode ver a diferença desta geração para as demais: o uso que fazem da internet e da tecnologia.

A geração Z vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e retornam novamente à internet. São garotos e garotas que nunca imaginaram o mundo sem computador, redes sociais, celular, iPod, Tablet. Sua maneira de pensar foi influenciada desde o berço pelo mundo veloz que a tecnologia produziu.

Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam ao mesmo tempo a televisão, o rádio, o telefone, música e internet. Como informação não lhes falta, está um passo à frente dos mais velhos, concentrados em adaptar-se aos novos tempos.

O conflito entre as gerações

A maior parte das empresas hoje possui empregados das três gerações e por isso quase sempre terão conflitos. Este é o grande desafio para as organizações, a empresa do futuro será aquela que conseguir integrar todas essas gerações de forma produtiva, aproveitando as habilidades específicas de cada uma.

Os conflitos começam porque os chefes, que são em sua maioria da geração X e Baby Boomers, esperam uma atitude de certa reverência dos subordinados, a geração Y. Mas, para os Y, o respeito está ligado ao talento e habilidades dos profissionais com quem trabalham. Uma pesquisa feita pela Companhia de Talentos, consultoria de São Paulo especializada em programas de trainees, mostrou que 29% dos jovens esperam que seu gestor seja um profissional em que as pessoas se espelhem.

Enquanto os profissionais da geração X colocam a carreira em primeiro plano, a prioridade da geração Y no início de carreira, é equilibrar a vida pessoal e a profissional. Para a geração X o trabalho é fonte de realização e status, já a geração Y associa a carreira com a afirmação da maturidade perante a sociedade. E a geração mais recente, a Z, acredita que o trabalho é um mal necessário.

O futuro

Apesar da geração X ter assistido a revolução tecnológica, eles não estão totalmente inseridos na mesma e ainda correm atrás deste atraso. Apesar de todos estes conflitos, uma coisa é bem clara: as empresas precisam desses jovens da geração Y e Z. Ao mesmo tempo em que eles têm características mais individualistas, eles são inovadores, rápidos e atualizam a gestão com o que está acontecendo no mundo Online.

Para haver entendimento, as gerações mais velhas devem compreender as gerações mais jovens para ajudá-las a chegar à maturidade e esta nova geração precisa aprender a trabalhar com pessoas que podem não ter seus novos conhecimentos e talentos, mas têm muito mais experiência.


Texto: Stéfany Pessoa
Fotos: Divulgação/Google

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A utilização das redes sociais na política brasileira

A internet é o maior canal de informação existente na atualidade. Segundo dados divulgados pelo IBOPE Nielsen Online, o acesso à internet no Brasil atingiu 77,8 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2011.

Este crescimento da internet como plataforma de debate democrático, fez com que políticos do mundo inteiro se voltassem para as novas ferramentas sociais, com intuito de se relacionar e interagir com os eleitores. O estopim para este crescimento desenfreado foi a estratégia utilizada pelo presidente Barack Obama durante sua campanha eleitoral nos EUA. A tática de Obama comprovou a eficiência das novas ferramentas da web, tanto na mobilização de eleitores, quanto na contribuição para o crescimento da popularidade e notoriedade dos políticos.

Para o presidente do Grupo Orium Comunicação e Marketing, Alexandre Monteiro Chequim, estar inserido em comunidades virtuais é essencial. A atuação nas redes sociais pelos políticos contribui para uma interação entre os dois públicos, onde é possível falar e ouvir. “Trata-se com certeza de uma estratégia de marketing para estar mais próximo da população, e interagir com seus eleitores e potenciais eleitores”, explica Alexandre.

No Brasil muitos políticos já se deram conta de que o uso das novas ferramentas sociais pode contribuir e muito na aproximação com o eleitor. E por isso, vemos cada vez mais eles surgirem em redes como o Twitter, Facebook, Youtube, blog, Orkut, MySpace, entre outras. Atualmente, estima-se que cerca de 60% dos políticos brasileiros tenham perfis em algum tipo de rede social.

Em Blumenau, os políticos estão mostrando que estão cada vez mais familiarizados com as redes sociais. Durante a enchente de setembro de 2011, por exemplo, o vereador Fábio Fiedler (DEM) fez uso frequente das redes sociais. Diariamente ele repassava informações oficiais sobre nível do rio, fotos de onde passava e informações sobre definições das reuniões internas, do chamado gabinete de crise.

Já o vereador Napoleão Bernardes (PSDB) é um velho conhecido nas redes sociais. Napoleão está presente no Twitter, Orkut, Facebook, Youtube, Flickr, FormSpring, além do site onde diariamente presta contas do seu trabalho como vereador. No ano passado Napoleão criou uma nova forma de ouvir os cidadãos. Numa iniciativa pioneira em Blumenau, ele ficou disponível para responder a questionamentos dos internautas em tempo real, num chat em vídeo, ao vivo, utilizando a própria webcam.

Quem se beneficia com todo este crescimento é a própria sociedade, que agora tem a oportunidade de acompanhar de perto o que os políticos brasileiros andam fazendo.

Veja abaixo um vídeo sobre a estratégia política de Barack Obama:



Texto: Stéfany Pessoa
Fotos: Divulgação/Google